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NEY SUASSUNA
Campina Grande, Paraíba, Brasil.
Ney Robinson Suassuna nasceu a 11/10/1941 em Campina Grande, Paraíba.
Filho de Raimundo Suassuna e Alice Leite Suassuna, é empresário, escritor, pintor, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), presidente da Associação Comercial e Industrial da Barra da Tijuca, presidente do Anglo-Americano Escolas Integradas, ex-senador e ex-ministro da Integração.
Bacharel em Administração e Economia pela UFRJ e em Pedagogia pela Faculdade Castelo Branco, também no Rio de Janeiro.
Em 1970 ganhou uma bolsa de estudos para participar do curso de Business Administration and Data Processing na Universidade de Georgetown, em Washington D.C.
Em 1971 elaborou o primeiro curso de Processamento de Dados no Brasil, curso ministrado em salas alugadas no Colégio Anglo-Americano.
Em 1973 tornou-se proprietário e presidente do Grupo Educacional Anglo-Americano e a expandiu para diversos países.
Em 1982 cursou a Escola Superior de Guerra e neste mesmo ano tornou-se primeiro suplente do ex-senador Antônio Mariz, assim por 4 anos e 6 meses e também, de 31 de janeiro de 1999 a 31 de janeiro de 2001.
Em 1990 Ney Suassuna foi eleito primeiro suplente do ex-senador Antônio Mariz, ficando como suplente até 1994, quando se torna o titular após a eleição de Antônio Mariz ao governo da estado da Paraíba.
Em 1998 se candidatou à reeleição pelo PMDB enfrentando o ex-governador do estado Tarcísio Burity e, com o apoio do então governador José Maranhão e do então senador Ronaldo Cunha Lima, derrotou Burity e se elegeu senador, com 455.359 votos,[3] tendo como suplentes Robson Khoury e Maria de Fátima Pinto de Sá Pires, ambos também filiados ao PMDB.
Em janeiro de 2002 foi nomeado pelo então presidente da República Fernando Henrique Cardoso para assumir o Ministério da Integração Nacional.
(...)
Biografia completa em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ney_Suassuna
SUASSUNA, Ney. Ousadia. Brasília: Graf. Positiva, 2001. 216 p. 11x21 cm. Miolo em papel de qualidade, não identificado. Ilustrações impressas em papel manteiga, Capa dura. Acondicionado em caixa de papelão duro. (EE)
Ex. bibl. Antonio Miranda. Um exemplar deste livro de artista foi doado pelo livreiro José Jorge Leite de Brito agora é consultado para a elaboração da presente página neste Portal de Poesia.
“Senador e atuante como poucos, o poeta inspirado, artista plástico atrevido e músico de talento revelado.
Eis aí o perfil de um homem que decidiu comprovar com este livro de poesias, sintomaticamente batizado “OUSADÍA”, sua reconhecida e admirada versatilidade.” JOÃO PESSOA DE ALBUQUERQUE
Memória
Presente quase passado
É o que vivo agora.
Passados e futuro
São os únicos permamentes...
O presente da gente
É quase imaginação:
O grito que eu largo agora,
Eu já gritei outrora
No tempo que tudo devora.
O momento que eu vivo
Logo fica na memória,
Se transforma em passado
Quase que na mesma hora.
O futuro vai crescendo
Se tornar o que passou.
Quando olho no relógio,
O segundo está findado...
Qual antepassado.
Igual a um amor verdadeiro:
Não se esquece por inteiro,
Carrega-se no peito
Mesmo quando encerrado.
Na memória levo tudo
Pra qualquer parte do mundo.
É o meu passado,
E eu o levo pro futuro.
Pau-de-Arara
Vim da Paraíba, uma terra de sol,
Pequena e sofrida, mas bem destemida.
Lutei e cresci, pois foi lá que nasci.
Lembro o solo árido,
Que a perseverança fertiliza.
Lembro duros homens,
Quase abusados,
Que eram chamados de cabras danados.
Sou pau-de-arara, como dizem no sul,
E muito orgulho eu tenho por sê-lo.
É gente honesta,
Gente que presta,
Gente de princípios
E de sentimentos bons.
É gente que crê num Deus nas alturas,
Embora a cintura carregue um punhal
Que é como um símbolo
Do bem contra o mal.
Paraíba, onde nasci e cresci,
É por ela que eu luto,
E a trago comigo pra luta
Que haveremos de juntos vencer.
Sou paraíba, sou pau-de-arara.
Que orgulho em dizer!
O Eu Poeta
Meu Deus do céu,
Que luta interna enfrento!
Luta igual ao pó frente ao vento,
Luta difícil, complexa, desconexa.
Neste dilema — ser político ou ser poeta?
Às vezes triste, às vezes bem romântico,
Às vezes alegre, vibrante, entoo o canto,
Mas me contenho, dizendo à minha dor:
“Você é sério, não é um trovador.”
Esse contraste eu tenho desde criança,
De ouvir falar: “Quem rima esperança,
É boêmio, insolente, indubitalvemente.”
Poucos escapam deste julgamento,
Gonçalves Dias, Bilac, ...momento!
Há mais poetas, neste grande mundo.
Tem até um, que se chama Raimundo
De ouvir falar, eu ainda lembro...
“Poetas, não existem abstêmios,
E tuberculosos eles morrem aos
borbotões.”
Aqui pensando, fico eu,
Com meus botões,
Trilhando o caminho das contradições.
Pensamento
O pensamento é a vida interior?
Ou uma força latente, um vigor?
Me defino um livre-pensador,
E adoto o livre exame das ideias:
Se percebo a censura no saber,
Passo mal, me recuso a obedecer.
O pensar, o livre pensamento,
Me permite enfrentar qualquer momento
Com análise e reflexão:
Comparar situações, suas dimensões,
E encontrar com clareza as soluções.
O pensar é tão livre quanto a água
Que evapora sob o sol ou o calor.
Lentamente, como os pensamentos
Que secam com o vento,
Qual água lançada ao relento.
No rosto o entusiasmo do amigo;
Por dentro o abatimento escondido.
Na mente, o sentimento triste
De dor e lamento.
Embora com a alma desolada,
A face estampa a gargalhada—
Disfarça o espírito que chora,
Uma alegria que se evapora.
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Página publicada em abril de 2021
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